Princípios fundamentais do PCP - Planejamento e Controle da Produção

Autora: Josenilça Moreira Pinto Alves

O Planejamento e Controle da Produção é o departamento que tem a função de administrar os processos produtivos da empresa, baseando-se nas questões: O que produzir?, Quanto produzir?, Onde produzir?, Como produzir?, Quando produzir?, Com o que produzir?, Com quem produzir?. Para tanto, faz-se necessário a utilização de várias ferramentas que auxiliem na concretização dos obejtivos. No entanto, o PCP adota o Princípio de definição do objetivo e o princípio da flexibilidade do planejamento. Assim, o PCP decide como melhor empregar os recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto no tempo e quantidade certa e com os recurssos corretos. Em resumo, o PCP interage com as diversas áreas, para melhor utilizar os recursos e garantir uma produção eficaz.

CONCEITOS DE PCP

Zacarelli (1979) denomina o PCP como Programação e Controle da Produção, definindo-o como "... um conjunto de funções inter-relacionadas que objetivam comandar o processo produtivo e coordená-lo com os demais setores administrativos da empresa".

Para Burbridge (1988),"o objetivo do PCP é proporcionar uma utilização adequada dos recursos, de forma que produtos específicos sejam produzidos por métodos específicos, para atender um plano de vendas aprovado". Já para Plossl (1985),"o objetivo do PCP é fornecer informações necessárias para o dia-a-dia do sistema de manufatura reduzindo os conflitos existentes entre vendas, finanças e chão-de-fábrica".

Na visão de Martins (1993), "o objetivo principal do PCP é comandar o processo produtivo, transformando informações de vários setores em ordens de produção e ordens de compra - para tanto exercendo funções de planejamento e controle - de forma a satisfazer os consumidores com produtos e serviços e os acionistas com lucros".

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PCP

Princípios que regem o planejamento:

- Princípio de definição do objetivo

O objetivo deve ser definido de forma clara e concisa, para que o planejamento seja adequado, porque este é feito em função do objetivo que se pretende atingir. A finalidade do planejamento é determinar como o objetivo deverá ser alcançado. Dessa forma, se o objetivo não for claramente definido, o planejamento será muito vago e dispersivo.

- Princípio da flexibilidade do planejamento

O planejamento deve ser flexível e elástico a fim de poder se adaptar a situações imprevistas.


Princípios que regem o controle:

- Princípio do objetivo

O controle deve contribuir para o alcance dos objetivos por meio da indicação dos erros ou das falhas, em tempo hábil para permitir ação corretiva oportuna.

- Princípio da definição dos padrões

O controle deve basear-se em padrões bem definidos. Geralmente os padrões são definidos no planejamento, ou seja, antes da execução dos trabalhos, e devem claramente servir de critérios para o futuro desempenho.

- Princípio da execução

Esse princípio de controle foi formulado originalmente por Taylor, u m dos precursores da moderna administração. Taylor considera que a atenção na deve se espalhar demais sobre as coisa que andam bem, pelo contrário, o administrador precisa estar atento as coisas que andam mal. Diz esse princípio que o controle deve se concentrar sobre as situações excepcionais.

- Princípio da ação

O controle somente se justifica quando proporciona ação corretiva sobre desvios ou falhas apontados. Isso significa que de nada adianta um controle que não indique providência a tomar ou falhas a resolver.


O Planejamento e controle da produção em seu processo produtivo deve seu sucesso a aplicação dos princípios a cima estudados. No entanto, para alcançar eficiência na produção precisa fazer um bom planejamento e consequentemente um bom controle. Para tanto, deve definir cuidadosamente seus objetivos, sendo flexível para adaptar-se as contingências, fazendo ação corretiva em caso de falhas, definindo os padrões que servirão de critérios para o desempenho do planejamento, dando ênfase as situações excepcionais. Assim o PCP ocorre de forma eficaz garantindo qualidade e segurança em sua produção.


Referências:

Chiavenato, Idalberto. Planejamento e controle da produção. São Paulo: Manole, 2008.

Capital Financeiro e Capital Econômico

Autor: Gabriel Santos Vieira

No que se diz respeito a empresas, Capital Financeiro tem como idéia geral ser um conjunto de ativos de uma organização, melhor dizendo, estão englobados neste conjunto todas as máquinas, seus móveis, suas instalações e ainda as suas contas a pagar e a receber (Ativos e Passivos), tudo que gira em torno do capital da organização. Visto no lado negociável, em uma área bancária, Capital Financeiro seria o capital utilizado pelos bancos que tem serventia de empréstimo para empresas, indústrias, tendo como principal objetivo o crescimento econômico das mesmas, logicamente sendo cobrada uma pequena porcentagem por estes empréstimos, circulando assim a economia do país nesta área de investimentos.

Capital Econômico seria uma quantia de capital necessária a uma organização que tem como finalidade principal assegurar que a empresa em tempos ruins não chegue a falir, seria como uma segurança, que utilizada por um certo período de “baixa” no mercado para aquela empresa. É sempre importante fazer os cálculos necessários para ter a margem correta do Capital Econômico da empresa, pois em um erro de cálculo, esse capital poderia não assegurar corretamente a empresa, ou mesmo não pelo tempo esperado, levando a empresa a mergulhar em juros ou até mesmo à falência.


Referências:

http://books.google.com.br/books?id=egDdAeXKTRAC&pg=PA386&lpg=PA386&dq=%22Capital+Financeiro+de+uma+empresa%22&source=bl&ots=zO6P63bypc&sig=l9zjqZr5M8r1AxHWF3JWkJYERoY&hl=pt-BR&ei=BabdSsuBE5Oj8QbOvtBh&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CAsQ6AEwAQ#v=onepage&q=%22Capital%20Financeiro%20de%20uma%20empresa%22&f=false

http://br.answers.yahoo.com/question/index;_ylt=AnelG6kxIG.ZG8mD_4ihT6Xx6gt.;_ylv=3?qid=20090402163509AA8e0gN

Produção em lote como uma estratégia

Autor: Bruno Romenig Dantas

A fabricação de mais de um tipo de produto e os mesmos sendo similares, podemos denominar uma produção em lote.

Esse tipo de produção torna-se uma estratégia útil para empresas que produzem para grandes clientes, mas que também trabalha com a venda de necessidades menores a partir do estoque. Essas situações na maioria das vezes são projetadas para a industrialização de produtos químicos, tais como: medicamentos, bebidas, alimentos, etc. para cada tipo de produto existem componentes associados em diferentes números de lotes e podemos identificar cada item através desse número e a partir daí saberemos todos os produtos que compõem esse “grupo”, ou seja, se um apresentar qualquer defeito podemos verificar se os outros estão com o mesmo problema.

Exemplificando: A Coca-cola- trabalha com produção em lote, se a empresa produz 100 unid. de Coca-cola zero e 100 unid. de Coca-cola então temos uma produção em lote, 1 lote do item I e 1 lote do item II, se houver algum imprevisto na fabricação e o último item do lote 1 apresentar alguma alteração podemos verificar se ocorreu o mesmo erro com o primeiro item desse lote, funcionando também como uma rastreabilidade e controle do produto.


Referências:

Andreu, D., Pascal, J., Pingaud, H. and Valette, R. (1994). Batch
processs modelling using petri nets, IEEE International Conference
on Systems, Man and Cybernetics, San Antonio, USA pp. 314 – 319.

Barros, T. and Perkusich, A. (1998a). Redes de petri: Um procedimento
de modelagem aplicado aos sistemas de produção em lotes, XII
Congresso Brasileiro de Automática pp. 1377 – 1382. Uberlândia, MG, Brasil.

Produção em Lotes

Autora: Elisabete de Souza Melo Sena

O planejamento e controle da produção, interagem com as diversas áreas que devem ser executadas de maneira a atingir os objetivos que foram traçados, com a finalidade de aumentar a eficiência e eficácia da empresa. Para atingir as metas que foram traçadas, o PCP tem que cumprir o seu papel apoiando o tomador de decisões logísticas a planejar os materiais comprados, a quantidade de estoques de matérias-primas e acabadas, visando ter quantidade certa no momento necessário, devido aos conflitos departamentais existentes, porque o setor de produção, vendas e estoques por situações internas querem trabalhar com estoque alto, ao passo que o financeiro diz que estoque alto significa dinheiro parado e investimento sem liquidez.

A produção por lote é um dos sistemas de PCP que, segundo Idalberto Chiavenato: é o sistema de produção utilizado por empresas que produzem uma quantidade limitada de um tipo de produto de cada vez. Cada lote de produção exige um PCP específico. Como o nome indica, cada vez que um processo em lote produz um produto, é produzido mais do que um produto, com isso gera repetições nas operações. No processo por lote os volumes são maiores porque os produtos são executados repetidamente, um lote tem uma grande variedade, mas é limitada porque um produto ao ser processado em sua quantidade solicitada é finalizado e a produção passa para o próximo lote.

Segundo Idalberto Chiavenato, as principais características de PCP em produção em lotes são as seguintes:

- A empresa é capaz de produzir bens/serviços genéricos de diferentes características;
- As máquinas são agrupadas em baterias do mesmo tipo;
- Em cada lote de produção, as ferramentas devem ser modificadas e arranjadas para atender aos diferentes produtos/serviços;
- A produção em lotes exige grandes áreas de estocagem de produtos acabados e grande estoque de materiais em processamento ou em vias.

A produção em lotes impõe em eficiente PCP para permitir mudanças nos planos de produção, na medida em que os lotes vão sendo completados e novos lotes devem ser planejados. Na realidade o sucesso do processo produtivo depende diretamente do PCP.
Na produção por lote é normal que ocorra um desequilíbrio na capacidade de produção dos diferentes departamentos, tendo em vista que nem sempre a capacidade de produção é igual à dos demais departamentos, o PCP faz um programa de turnos diferentes, com a finalidade de compensar a limitação de equipamentos com o aumento de contração de mão-de-obra visando regularizar esse processo. Por se tratar de produtos em grande quantidade é necessária uma área grande para estocar a produção e consequentemente também a matéria-prima. O planejamento e controle da produção precisam ser planejados e gerenciados de forma adequada, para identificar os erros, fazendo a correção e evitar sua repetição, devendo também ser flexível as mudanças das rotinas, devido às contingências mercadológicas.


Referências:

Chiavenato, Idalberto. Planejamento e controle da produção. São Paulo: Manole, 2008.

Just-in-time

Autora: Monica Ferreira Oliveira

Just in time é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata, tendo como princípio base do JIT ( just in time) evitar enormes armazéns de estoque e de peças defeituosas, poupando espaço. Com isso o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no momente exato que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados, onde primeiro vende-se o produto para depois comprar a matéria prima e posteriormente fabricá-lo ou montá-lo.

O Just in Time surgiu no Japão, nos anos 50 desenvolvido pela Toyota Motor Company. Com a implantação do Just in time nas fábricas o estoque de matérias primas é o suficiente para algumas horas de produção, com isto reduzindo os fornecedores, selecionando com delicadeza para proporcionar credibilidade dos mesmos de modo a assegurar a qualidade e confiabilidade do fornecimento.

O sistema Just in Time não se adapta perfeitamente a produção de muitos produtos diferentes, pois, isto requer extrema flexibilidade do sistema produtivo.
Uma das ferramentas utilizadas no sistema Just in time é o Kanban, nome dado aos "cartões" utilizados para autorizar a produção e a movimentação de materiais ao longo do processo produtivo, onde indica ao operador o que fazer, em que quantidade e onde colocar.

Tendo como objetivo melhorar o processo produtivo, redução dos custos incluindo a armazenagem, fabricação de produtos sem a devida necessidade, aumentar a qualidade dos produtos e ou serviços oferecidos, desenvolver uma equipe auto gerenciável e a busca constante pela perfeição do produto.

Referências:

Baranger, P., Huguel G., Gestão da Produção: Actores, técnicas e políticas. Edições Sílabo: 1994.

Material digital consultado:

http://student.dei.uc.pt/~elson/trabalhos/ge/jit/relatorio.html

http://www.scribd.com/doc/15028375/Administracao-Japonesa

http://www.scribd.com/doc/21525217/Just-In-Time-Kaizen-Shigeo-Shingo

http://www.wikipedia.org

Sistemas de Produção

Autora: Anna Kelly Salustiano da Silva

Hoje com o mundo capitalista, consumista e altamente competitivo em que vivemos, as organizações, sejam elas fornecedores de produtos ou serviços, adotam da melhor maneira possível um sistema de produção para garantir um bom funcionamento de suas operações, visando sempre à eficiência e eficácia do processo para também assim obter a qualidade naquilo que realiza, e por sua vez, garantir a satisfação e lealdade dos clientes, otimizar o processo produtivo e gerar lucros, assegurando sua sobrevivência no mercado.

O sistema de produção resumidamente é a forma como um produto ou serviço é gerado, são etapas que vão desde a entrada de insumos (matérias-primas ou materiais) até sua saída como produto/serviço acabado. Através do sistema de produção a organização realiza seu processo produtivo e organiza seus setores para que fiquem interligados durante o todo o processo. Com uma boa produção, a organização pode alcançar qualidade no que faz e consequentemente sucesso no mercado em que atua.
Levando-se em conta que, quem fabrica bem, vende muito, que os consumidores estão cada vez mais exigentes e a concorrência cada vez mais acirrada, entendemos a importância de um sistema de produção com excelência, bem desenvolvido e adequado, pois ele resulta em um produto/serviço de sucesso.

Podemos classificar o sistema de produção de acordo com seu desenvolvimento, sendo produção sob encomenda quando a organização produz apenas aquilo que lhe foi pedido, ou seja, produz apenas o que foi acordado junto ao seu cliente, temos a produção em lote que ocorre quando uma organização produz em quantidade limitada e por fim, a produção contínua onde a organização produz em ritmo, sem interrupções durante longo tempo.

Portanto, o sistema de produção, independente de sua classificação, é de extrema importância para uma organização, por isso deve-se se existir um trabalho minucioso, uma fiscalização, um planejamento para que tudo seja bem elaborado e o principal objetivo da empresa seja alcançado: liderança no mercado em que atua.


Referências:

Chiavenato, Idalberto. Planejamento e controle da produção. São Paulo: Manole, 2008.

Vanzolini, Carlos Alberto. Gestão de operações 2º edição. Editora Blucher, 1997.

Diagrama de Pareto

Autor: Abel de Araújo Souza

O Diagrama de Pareto (ou Diagrama ABC) é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas causas de perdas que devem ser sanadas (frequência das ocorrências, de maior para a menor). O diagrama de Pareto torna visivelmente clara a relação ação/benefício, ou seja, prioriza a ação que trará o melhor resultado. Ele consiste num gráfico de barras que ordena as freqüências das ocorrências da maior para a menor e permite a localização de problemas vitais e a eliminação de perdas. (Lei de Pareto: para muitos fenômenos, 80% das consequências advem de 20% das causas).

A grande aplicabilidade deste princípio à resolução dos problemas da qualidade reside precisamente no fato de ajudar a identificar o reduzido número de causas que estão muitas vezes por detrás de uma grande parte dos problemas que ocorrem. É na detecção dos 20% de causas que dão origem a 80% dos efeitos que o Diagrama de Pareto se revela uma ferramenta muito eficiente. De fato, esse diagrama estabelece que os problemas relacionados à qualidade de produtos e processos, os quais resultam em perdas, podem ser classificados em duas categorias: “poucos vitais” (representam poucos problemas que resultam em grandes perdas), e “muitos triviais” (representam muitos problemas que resultam em poucas perdas). Essa importante ferramenta institui após a valorização dos itens, a prioridade a ser dada aos problemas a serem analisados e desenvolvidos. 

O objetivo desse recurso é mostrar por ordem de importância, a contribuição de cada item para o efeito total. Para classificar oportunidades para a melhoria. É uma técnica gráfica simples para a classificação de itens desde os mais até os menos frequentes. Ele é baseado no Princípio de Pareto, que declara que muitas vezes apenas alguns itens são responsáveis pela maior parte do efeito. É um gráfico de barras verticais que associa dados variáveis com dados na forma de atributos permitindo determinar quais problemas ou assuntos resolver e qual a sua ordem de prioridade. Os dados utilizados foram reportados numa Lista de Verificação ou em uma outra fonte de coleta de dados.